Renan Calheiros exalava otimismo nas conversas que teve na noite
passada. Disse a aliados que espera obter uma vitória parcial no plenário do Supremo Tribunal Federal na tarde desta
quarta-feira. Trabalhava com a seguinte hipótese: a maioria dos ministros da Suprema Corte votaria a favor de
retirá-lo apenas da linha sucessória da Presidência
da República, não do cargo de presidente do Senado. Renan soou como se
lidasse com informações, não com suposições.
O
blog apurou que a hipótese de um afastamento meia-sola foi discutida em
gabinetes do Supremo. Mas não é possível antecipar se a ideia de oferecer uma
saída honrosa para o réu Renan prevalecerá na sessão marcada para as 14h. O
caso Renan é o primeiro item da pauta. Os membros da Corte terão de decidir se avalizam
ou não a liminar expedida pelo ministro Marco
Aurélio Mello, para afastar Renan do comando do Senado, e, em consequência,
do rol de substitutos eventuais do presidente da República.
Qualquer
decisão que possa ser festejada por Renan será exposta nas manchetes como uma
extravagância, uma vez que já existe maioria formada no plenário do Supremo a
favor da tese segundo a qual um réu em ação penal não pode permanecer em cargo
que esteja na linha de sucessão do Planalto —pela ordem: presidências da Câmara,
do Senado e do próprio Supremo. O veredicto só não foi proclamado porque o
ministro Dias Toffoli pediu vista do
processo, levando-o à gaveta.
Composto
de 11 ministros, o plenário do Supremo deve deliberar com dois magistrados a
menos nesta quarta. Gilmar Mendes
viajou. E Luis Roberto Barroso
decidiu não participar do julgamento. Proposta pela Rede, partido de Marina Silva, a ação que resultou na
liminar de Marco Aurélio foi
subscrita por advogados do escritório em que Barroso trabalhou antes de ser guindado
a uma poltrona no Supremo.
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