domingo, 2 de outubro de 2016

Prefeito de Ceará-Mirim mostra que não se preocupa com a população e sim com o poder

O prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto, articulou na noite deste sábado, véspera da eleição, a retirada da candidatura de seu grupo político, representada na postulação de Renato Martins (PR), e desembarcou no projeto de Marconi Barreto (PSDB), numa tentativa alucinada de frear a vitória que se avizinha do candidato Júlio César (PSD).

Trata-se de uma manobra que indigna porque tem todos os ingredientes de uma solução desesperada para dar sobrevida ao projeto de poder do grupo do prefeito que, no ato de desatino, revela, finalmente, que pensa em tudo, menos no bem da cidade que está em jogo.

Decisões de alpendre e reuniões de grupinhos fechadas ficaram tão banalizadas no Rio Grande do Norte que se acredita que o cinismo pode vencer a sensatez. Talvez por isso, com a desfaçatez típica de quem pensa apenas em si, Peixoto, Renato e Marcone tenham se reunido e feito o desastroso pacto que tentam vender a Ceará-Mirim como panaceia para resolver todos os problemas da cidade. É um insulto à inteligência do eleitor achar que tenebrosas transações tão descaradas possam se passar por uma união em busca do bem comum.

O desastre de Peixoto não se materializou repentinamente. Com a vida perscrutada pelas autoridades policiais – uma busca no Google com o nome de Peixoto revela sua ficha de investigado – e com uma gestão reprovada por 60% da população, Peixoto lançou-se na insensatez no momento em que colocou suas digitais em escândalos que serão a pá de cal em sua vida política.

Como é típico de todos os gestores que se embriagam pelas tentações do poder, passou a atribuir as investigações a perseguição de seus adversários. Ainda não morreu politicamente justamente porque tratou-se de se cercar apenas de pessoas que diziam o que ele queria ouvir.

Enquanto isso, Ceará-Mirim afundou-se na precariedade. É a combinação da incompetência do prefeito e seu egoísmo desmedido para não perder a prefeitura que levaram o candidato da oposição, Júlio César, à liderança de todas as pesquisas publicadas na região canavieira.

Agora, aproximado o momento em que se revela que a derrota é inevitável, o prefeito Antônio Peixoto se lança como um satélite de lata para orbitar em torno de Marcone, na esperança que os aparelhos que o mantém vivo politicamente não sejam desligados. Mas o que é de lata, vai se fazer em papelão, quando, neste domingo, Ceará-Mirim rejeitar a manobra do prefeito.

Peixoto orquestrou tudo numa salinha com Renato e Marconi, só se esqueceu do povo.

Tem um trocadilho de um ditado popular que resume o momento: Tudo vale a pena quando a alma é pequena.”

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